É uma técnica simples. Mediante a retirada de sangue da veia E SUA IMEDIATA APLICAÇÃO NO MÚSCULO, AUMENTA EM QUATRO VEZES O NÚMERO DE MACRÓFAGOS NO ORGANISMO. São os macrófagos QUE FAZEM A LIMPEZA DE TUDO, eliminando bactérias, vírus e câncer.

13
Fev 11

 

 

 

AUTO-HEMOTERAPIA Pelo Dr Luiz Moura

 

 


Entrevista com Dr. Luiz Moura

(resumo a partir da transcrição do vídeo que você pode acompanhar após o texto)

 

 

INÍCIO E APLICAÇÃO DA PRÁTICA DA AUTO-HEMOTERAPIA


Eu comecei a aplicar a auto-hemoterapia ainda como estudante de medicina, em 1943. Eu entrei na Faculdade Nacional de Medicina, que era na Praia Vermelha (no Rio de Janeiro). E o meu pai era professor dessa mesma faculdade, ele era também chefe enfermaria da Santa Casa e cirurgião geral. Ele primeiro me ensinou a tirar sangue e a aplicar no músculo e ele me mandava para casa de todo paciente que ele operava. Eu tinha que ir na véspera da internação, na Casa de Saúde São José, onde ele operava. Aplicar no paciente 10 ml de sangue, e depois, 5 dias depois, ele não esperava cair a taxa a zero não, e cinco dias depois eu fazia a mesma a aplicação no paciente, ainda internado, porque naquele tempo as internações, duravam em média, uma semana. O que eu não sei é como é que ele tinha coragem de operar comigo auxiliando, porque eu só sabia era segurar os instrumentos e mais nada. O que eu tinha aprendido até então, era tirar sangue da veia e aplicar no músculo, mais nada. E nunca houve problema nenhum, ele teve com isso, uma das taxas menores que eu já vi até hoje de infecção hospitalar.


Ele fazia isso porque o trabalho do Jésse Teixeira, que foi feito especificamente para evitar infecções pós-operatórias, e que resultou no maior prêmio de trabalho publicado em 1940 e foi traduzido em duas línguas, para o francês e para o inglês esse trabalho foi um sucesso enorme. O meu pai usava esta técnica, porque ele tinha lido o trabalho de Jésse Teixeira. Ele tinha 150 cirurgias, operações diferentes das mais variadas, comparadas com outras 150 cirurgias idênticas que em uma teve 0% de infecções pós-operatórias, quando aplicado o sangue e na outra que não aplicava, a título de contraprova, ele não aplicava o sangue, as mesmas cirurgias, as mesmas operações, ele teve 20% de infecções. Porque havia naquela época um grande problema de infecções pulmonares no pós-operatório, porque a anestesia era feita com éter, e o éter irritava muito os pulmões. Havia uma facilidade muito grande de infecções.


Depois, eu me limitei a usar durante muitos anos a auto-hemoterapia exclusivamente para evitar, tratar de infecções, acne juvenil, que é uma infecção de estafilococos e também evitar infecções de cirurgias, nesse tempo eu era cirurgião, então eu também usava o mesmo método. A finalidade da auto-hemoterapia é basicamente combater bactérias.


Só a partir de 1976 é que eu passei a usar numa amplitude muito maior, graças a um médico, Dr. Floramante Garófalo, um ginecologista, que era assistente do hospital Cardoso Fontes em Jacarepaguá e que era a pessoa que mais conhecia equipamento hospitalar no Brasil. Então ele já estava aposentado, tinha 71 anos. E ele foi chamado pelo Dr. Amaury de Carvalho, que era o diretor do Hospital, para equipar o hospital, porque o Hospital tinha sido um sanatório de tuberculosos, e foi transformado no Hospital Geral, então precisava todas as clínicas serem equipadas e ele foi ser assistente do Diretor, e eu era também assistente do Diretor. Um dia, o prof. Garófalo chega se queixando de uma dor, uma dormência que sentia na perna quando andava uma caminhada de 100, 200mt tinha que sentar na rua, no meio-fio porque não conseguia mais andar. Então disse para ele, “olha Dr. Garófalo, você tem que ser examinado por angiologista; e nós temos um excelente aqui, chama-se o Dr. Antônio Vieira de Melo.” Ele examinou e disse que havia uma obstrução na sua coxa direita, na parte média da coxa. Aí o Dr. Garófalo quis saber de que tamanho era, então fomos para o raio-x e fizemos a arteriografia, tinha 10 cm de artéria entupida.


Aí, foi dito ao Dr. Garófalo pelo angiologista Dr. Antonio Vieira de Melo que fizesse uma prótese: Tirar uma parte desta artéria, os 10 cm obstruídos e substituir por uma prótese de material plástico chamado Dralon, o Dr. Garófalo riu e se negou a fazer isso (…) E me pediu que eu aplicasse nele a auto-hemoterapia; ele trazia a cada 7 dias uma seringa, já com tudo preparado, e eu fazia a aplicação da AH. No fim de 4 meses, ele me disseque sentia-se muito bem. Fomos comprovar essa cura. (…) Fomos ao Dr. Antônio Vieira de Melo e ele duvidou. (…) Fomos para o raio-x, quando foi feito a segunda arteriografia não havia mais obstrução alguma e assim ele viveu, com até noventa e tantos anos. Isso foi entre os meses de maio e setembro de 1976 que fiz essas aplicações no Dr. Garófalo. Ele, como compensação, resolveu me dar um presente, dois trabalhos sobre AH: um do Dr. Jésse Teixeira e outro do Dr. Ricardo Veronesi.


Há um intervalo entre esses dois trabalhos de 36 anos, um é de 1940 e o outro de 1976. Mas a impressão é que um foi feito para o outro, para combinar, um com o outro. Porque enquanto o trabalho do Dr. Jésse Teixeira se limitava à ação da auto-hemoterapia em evitar infecções pós-operatórias, neste aqui do prof. Ricardo Veronesi, que era professor da Universidade de Santos, a imunologia já tinha avançado muito mais e tinha se descoberto que o Sistema Retículo Endotelial (SRE) tem muitas outras funções, além da de combater as bactérias, muito mais do que isso.


As principais funções dele (SER) são, isso no trabalho do Prof. Ricardo Veronesi: (trecho lido pelo Dr Luiz Moura no DVD)


“1) Clearance (limpeza) de partículas estranhas provenientes do sangue ou dos tecidos, inclusive células neoplásicas (cancerosas), toxinas e outras substancias tóxicas.
2) Clearance de esteróides e sua biotransformação. (Eliminação dos hormônios e esteróides)
3) Remoção de micro agregados de fibrina e prevenção de coagulação intra vascular. (É o motivo pelo que eu tomo (AH) pra evitar enfartos e tromboses, tromboses cerebrais, enfartos das coronárias, porque ele faz a prevenção da coagulação intra-vascular, ele remove a um possível entupimento que possa ter havido, como removeu a fibrina que entupia a artéria femural do Dr Garófalo. Por isso que eu tomo(AH).)
4) Ingestão do antígeno, seu processamento e ulterior entrega aos linfócitos B e T.(o antígeno que produz a reação alérgica, então tem uma grande ação nas alergias, no tratamento das alergias)
5) Biotransformação e excreção do colesterol.
6) Metabolismo férrico e formação de bilirrubina.
7) Metabolismo de proteínas e remoção de proteínas desnaturadas. (Proteínas anormais)


"Desintoxificação e metabolismo de drogas.”


Dr.Luís Moura explica: – Respondendo por tantas e tão importantes funções, fácil é de se entender o papel desempenhado pelo Sistema Retículo Endotelial no determinismo favorável ou desfavorável de processos mórbidos tão variados como sejam os infecciosos, neoplásicos, (câncer) degenerativos e auto-imunes. Foi aí é que eu comecei com o tratamento em doenças auto-imune. Muito bem, agora o que é triste, triste, é que, o que o Prof Jésse Teixeira descobriu em 1940, em 1976, 36 anos depois ainda estava sendo estudado em países do primeiro mundo em ratos e aqui não teve a divulgação que deveria, está aqui, esse trecho aqui:

(outro trecho do trabalho do Dr. Ricardo Veronesi)


“Doenças Degenerativas"


O Sistema Retículo Endotelial, exerce papel importante na homeostase (quer dizer, manter o organismo saudável) inclusive dos Lípides (das gorduras) dessa maneira tem se demonstrado em animais que o Sistema Retículo Endotelial está implicado na produção e excreção do colesterol, quer endógeno como exógeno. Conclui-se daí que a hipercolesterolemia e, talvez, a arterosclerose (processo degenerativo das artérias que vão endurecendo) depende do perfeito funcionamento do Sistema Retículo Endotelial, podendo ser reduzida a taxa do colesterol sanguíneo através da imunoestimulação do sistema conforme experiências realizadas em ratos na Universidade do Tenessee (quer dizer, enquanto em 1940 no Brasil, o Prof. Jésse Teixeira descobriu em ser humano como estimular o Sistema Retículo Endotelial em 1976, 36 anos depois, nos Estados Unidos, no Tenessee, estava se estudando em ratos.) Estamos realizando experiências em tal sentido no serviço do professor Luiz V. Décourt em São Paulo. (entre parênteses, comentários do Dr. Luiz Moura sobre o Trabalho do Dr. Veronesi)


Quer dizer, então a AH é um recurso de enorme valor, porque com essa amplitude que o avanço da imunologia deu, porque antes realmente só se sabia que combatia as infecções. Eu só usava para reduzir o tempo de cura, por exemplo, de uma pneumonia, dava o antibiótico e usava simultaneamente a AH, com isso eu conseguia reduzir, primeiro, a pessoa não precisava tomar tanto antibiótico, e o tempo de cura se acelerava porque o antibiótico fazia a sua parte de, paralisar a reprodução dos micróbios e a AH estimulava os macrófagos a devora-los. Então complementava a ação um do outro e com isso eu tive resultados muito bons, em doenças, até com pneumonias duplas graves e resolvia os problemas associando esses dois recursos. Muita gente pensa que antibiótico é bactericida, não é. Antibiótico não mata bactéria, ele só paralisa a reprodução das bactérias, quem as mata é nosso sistema imunológico, é ele que completa o trabalho do antibiótico, o antibiótico dá chance de ativar o organismo para vencer a infecção.

ESCLERODERMIA


Dia 10/09/1976, nesse tempo, eu era chefe da clínica médica do Hospital Cardoso Fontes e tinha uma consultora dermatológica lá, Dra. Rícia Álvaro Florião, ela então fez um diagnóstico com três biópsias em uma senhora que há 8 meses não andava e foi internada no hospital. Bom, aí a Dra. Glória Moraes, chefe do Anatomo-Patológico, dá o laudo: esclerodermia fase final. Então a Dra. Rícia resolveu dar uma aula. Nós tínhamos toda segunda-feira uma aula dos casos que saiam da rotina. E esse era um caso bastante raro de Esclerodermia, uma doença auto-imune que não é freqüente. Ela deu uma aula belíssima, eu aprendi muito porque eu sabia apenas do que tinha lido nos livros, nunca tinha visto paciente esclerodérmico e eu era chefe dela! E quando estava terminando a aula e era para se dar o prognóstico, dizer o que pode ser feito pela paciente, a Drª. Rícia mandou a enfermeira levar a paciente. Eu entendi que chegara a hora de dizer o que tem de ser feito pela paciente. E você tira a paciente para ela não escutar… porque nesse caso não há nada a fazer pela paciente.


Eu disse para Rícia: “Você me entrega essa paciente para eu aplicar uma técnica, que não é corrente e chama-se Auto-hemoterapia? Ela riu na frente do seu chefe, que era eu e dos outros dois médicos, que eram meus assistentes, e disse assim: “- Dr. Moura, o senhor sabe que eu cheguei em maio dos EUA, que era residente médica lá, numa clínica para onde convergiam todos os casos de esclerodermia de todos os EUA e a clínica não era mais nada que um depósito de esclerodérmicos, eles não tinham mais nada a fazer. Então o senhor acha que pode fazer?” Eu falei: “- Olha, eu vou agora em casa pegar os dois trabalhos do Dr. Jésse Teixeira e do Dr. Ricardo Veronesi e você vai ver que a idéia tem fundamento.” Levei vinte minutos para trazer os trabalhos. Depois de avaliar os trabalhos ela disse:”- Ahh, Tem lógica, pode funcionar, vale a pena.” E eu então fiz (…) com uma dose brutal. Eu tirei 20 cc de sangue e apliquei 5 cc em cada em cada braço (deltóide) e 5 em cada nádega, porque eu tinha que produzir um resultado, ou funcionava ou não funcionava (…) A melhora foi uma coisa espantosa. (…) porque a pessoa com esclerodermia fica com a pele como se fosse pele de jacaré, dura, a pessoa morre numa situação terrível, em asfixia. O pulmão não tem condição de expandir, fica um bloco de madeira o corpo. (…)E por incrível que pareça 30 dias depois no dia 10/10/1976 essa paciente saiu andando do hospital.

 

Auto-Hemoterapia Conversa com Dr Luiz Moura 

 

 

Copiado e adaptado do site Cura Alternativa:

http://curalternativa.x4ids.com.br/?pa ge_id=24

publicado por auto-hemoterapia às 13:27

22
Dez 10

Uma terapia simples e eficiente, que aproveita os recursos do próprio corpo,  dissemina-se pelo Brasil e é discutida em jornais e em programas dominicais da televisão.


RALPH VIANA


Uma prática tradicional da saúde, utilizada desde 1911, está nas manchetes de jornais e programas de televisão do Brasil em 2007. Não por seus reconhecidos e comprovados benefícios, mas porque querem interditá-la, mesmo sem conhecerem suas bases e as experiências feitas a respeito. A manchete do programa Fantástico excedeu em seu julgamento prévio, “auto picaretagem”, apesar de mostrar depoimentos de várias pessoas que declararam que melhoraram enormemente com seu uso, depois que médicos desistirem de seus casos.


Na intenção de trazer informações substanciais e profundas a seus leitores, e não apenas opiniões, o BEM ESTAR decidiu dedicar sua matéria de capa a este assunto que atualmente ocupa o lugar central nos debates sobre técnicas terapêuticas complementares.


O QUE É?


Auto-Hemoterapia é uma técnica de estimulação imunológica que consiste da retirada de sangue da veia (da prega do cotovelo) e reposição imediata no músculo da nádega ou do braço da própria pessoa, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial (S.R.E), o que provoca a quadruplicação dos macrófagos em todo organismo (ABMC, 2004).


Segundo o médico Ricardo Veronesi, o macrófago é uma célula importante no mecanismo de defesa do sistema imunológico do organismo, já que responde por várias funções: destruição de vírus, bactérias, complexos auto-imunes e células anormais (neoplásicas); eliminação do excesso de colesterol; limpeza de esteróides; regulação de hormônios; auxilia na desintoxicação do organismo e metabolismo de drogas; remoção de microagregados de fibrina e prevenção de coagulação intra-vascular.

Portanto, a auto hemoterapia funcionaria como uma vacina inespecífica, estimulando o organismo a fortalecer suas defesas contra qualquer agressão externa. Esta é sua função primordial.


UM POUCO DA HISTÓRIA


Apesar dos vários comentários das “autoridades” médicas, afirmando que a auto hemoterapia não tem fundamentação científica ou estudos prévios, uma simples pesquisa é suficiente para traçar seu percurso histórico.


Em 1911, o médico F. Ravaut registrou sua utilização em diversas enfermidades infecciosas, em particular na febre tifóide e em várias dermatoses. O Dr. Ravaut usou também a auto-hemoterapia em certos casos de asma, urticária e estados anafiláticos (Dicionário Enciclopédico de Medicina, Tomo 1, de L. Braier).


Em 1912, o professor Sicard, da Sorbonne, Paris, utilizou-a empiricamente em tratamento de infecções e também para tratar da acne juvenil, com resultados muito positivos. Tal prática disseminou-se na Europa.


Em 1941, o Dr. Leopoldo Cea, no “Dicionário de Términos Y Expressiones Hematológicas”, pg. 37, cita: Auto hemoterapia: “método de tratamento que consiste em injetar a um indivíduo cierta cantidad de sangre total (suero Y glóbules) tomada de este mismo indivíduo”. No mesmo ano, o Dr. H. Dousset, coloca a auto–hemoterapia na classificação de técnicas indispensáveis: “É muito útil em certos casos, para dessensibilizações”.


Em 1976, Stedman, no “Dicionário Médico”, 25ª edição, pg. 129, cita a utilização da auto hemoterapia, descrevendo seu procedimento. O mesmo acontece no livro “Index Clínico” – Alain Blacove Belair, publicado em 1977.


Ou seja, a auto hemoterapia é uma técnica reconhecida há muito tempo no campo médico, indicada por várias autoridades e com vários estudos publicados. Portanto, não cabe os argumentos das “autoridades” de que se trata de uma técnica pouco conhecida e sem estudos realizados.


Brasil na Vanguarda - Mas no Brasil é que foi realizada a pesquisa mais esclarecedora sobre o tema. O professor Jésse Teixeira, médico consagrado em nosso país (talvez o médico brasileiro mais conhecido entre as décadas de 1940/60), provou que o Sistema Retículo-Endotelial era ativado pela auto-hemoterapia, em seu trabalho publicado e premiado em 1940 na “Revista Brasil – Cirúrgico”, no mês de Março.


Dr. Jésse Teixeira provocou a formação de uma bolha na coxa de pacientes, com cantárida, substância irritante. Fez a contagem dos macrófagos – células de defesa do sistema imunológico. Antes da auto-hemoterapia, a cifra foi de 5%. Após a auto-hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora, chegando após 8 horas a 22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias e finalmente declinou para 5% no 7º dia após a aplicação. Ou seja, o estudo comprovou que a auto hemoterapia provoca a quadruplicação dos macrófagos, aquelas células multi funcionais do sistema imunológico descritas por outro eminente médico brasileiro, Dr. Ricardo Veronesi. Uma pesquisa científica conclusiva.


ESTUDOS IMPRESSIONANTES!


A partir dessa constatação, Dr. Jésse Teixeira realizou um estudo com a aplicação da auto-hemoterapia em pacientes que foram submetidos à cirurgia de pulmão, comprovando seu impressionante efeito: 0% de infecção hospitalar ou complicações pós-operatórias! Utilizou ele a autohemotransfusão de 20 cc logo após a operação; estando o doente ainda na mesa de operação.


A pesquisa foi baseada em 150 observações, das quais, a maioria, pertencentes à cirurgia de urgência (sem realização de profilaxia prévia), através dos casos passados pelo Serviço "Daniel de Almeida" a cargo do Dr.Jorge Doria, no Hospital de Pronto Socorro, no Rio de Janeiro, em 1937. Esta foi a primeira pesquisa brasileira publicada sobre o assunto, tendo sido premiada na categoria de originalidade, em março de 1940, na Revista "Brasil Cirúrgico". (Nota do Redator: Tenho disponível o trabalho, tanto xerocado em sua grafia original, quanto com ortografia atualizada).


Nosso país, que tão raramente se destaca no campo da pesquisa em qualquer área, obteve, através deste trabalho, uma posição de destaque na pesquisa médica no campo da imunologia. O não conhecimento desta pesquisa e sua não utilização na saúde pública por décadas mostra o quanto não é valorizada a iniciativa dos pesquisadores nacionais (vale lembrar que tivemos um presidente, Tancredo Neves, que morreu de infecção hospitalar!)


Outros trabalhos significativos foram feitos pelo Dr Luiz Moura, eminente médico carioca, o primeiro presidente médico do INAMPS.  Quando estudante de Medicina, Dr. Moura acompanhou o trabalho de seu pai, Dr. Pedro Moura, aplicando a auto-hemoterapia em pacientes que iriam à cirurgia, na Casa de Saúde S. José, no Rio de Janeiro, com a finalidade de evitar infecção ou complicações pulmonares pós-operatórias.


Fala o Dr. Luiz Moura: “Entre 1943 e 1947, quando cursava a Faculdade Nacional de Medicina apliquei a auto-hemoterapia seguindo a indicação de meu pai, Professor Pedro Moura, nos pacientes que ele operava na Casa de Saúde S. José. A primeira aplicação era feita na residência do paciente e a segunda 5 dias depois, na Casa de Saúde, no quarto do paciente. A dosagem era sempre de 10ml. A finalidade da aplicação era evitar infecção ou outra complicação infecciosa pulmonar, já que a anestesia na época era feita em geral com éter, que irritava bastante os pulmões. O cirurgião geral, Dr. Pedro Moura, adotou este método face ao sucesso da experiência do Professor Jésse Teixeira que registrou em 150 cirurgias as mais variadas, 0% de complicações infecciosas post-operatórias, em 1940”.


Dr. Luiz Moura depois de formado continuou aplicando a auto-hemoterapia em casos de acne juvenil e dermatoses de fundo alérgico. Em 1976, um fato ampliou sua visão sobre a técnica: aplicou a auto-hemoterapia no Dr. Garófalo, seu colega e amigo, que estava com obstrução arterial na coxa direita. Durante 4 meses, de 7 em 7 dias aplicou 10 ml de sangue. Após este período, o Dr. Garófalo, já podendo caminhar normalmente, submeteu-se a novos exames e comprovou que a artéria estava livre de obstrução, e indicou ao Dr. Luiz o trabalho de outro eminente médico brasileiro, que pesquisava na mesma linha na imunologia, o Dr. Ricardo Veronesi abrindo o campo para o tratamento das doenças auto-imunes.


A partir de diversos tratamentos e estudos de caso, o Dr. Luiz Moura passou a ser considerado uma referência mundial na utilização da técnica de auto-hemoterapia, tanto como pesquisador quanto como divulgador. Suas pesquisas e prática clínica passaram a indicar um grande leque de possibilidades da aplicação da auto-hemoterapia, além de outros procedimentos terapêuticos complementares. A respeito de seu trabalho inovador, foram gravados dois vídeos, de cerca de 2 horas e meia de duração cada: o “Energia da Vida” (realizado em 1992 por Luiz Sarmento e Ralph Viana) e “Auto-hemoterapia – Contribuição para a Saúde” (março de 2004, direção de Luiz Sarmento e Ana Martinez), que foram os vídeos que deram a dimensão nacional à auto hemoterapia e que foram citados e mostrados no Fantástico.


A disseminação da auto hemoterapia é visível também na internet, onde há inúmeras referências a tratamentos e aplicações (como nas diversas enfermidades do tipo anafilático: coriza espasmódica, asma, eczemas, urticária, etc. – ver www.megasalud.com.mx).


Na pesquisa na internet, constatamos que em Scottsdale, no estado de Arizona - EUA, o tratamento com a auto-hemoterapia (em diversas enfermidades) pode ser incluída no Plano de Saúde Pessoal, no Envita Natural Medical Center da America. (www.behealthyamerica.com/therapies/autohemotherapy.htm).


Também na rede (www.InstituteOfScience.com) está disponível o impressionante trabalho de 296 páginas: “AUTOHEMOTHERAPY REFERENCE MANUAL & HISTORICAL REVIEW - Autologous Blood in the History and Future of Medicine: From Bloodletting to Stem Cells Incorporating considerations of associated fields of AUTOLOGOUS-VACCINE-THERAPY and AUTOTHERAPY”, escrito por S.Hale Shakman, Ph. D, do INSTITUTE OF SCIENCE.


UM CASO EMBLEMÁTICO


O Dr. Luiz Moura é pródigo em detalhes em suas anotações sobre os mais diversos casos que tratou com a auto hemoterapia. Um deles abriu as portas da utilização da auto hemoterapia como coadjuvante no tratamento das doenças auto-imunes (quando o próprio corpo se ataca). Em suas palavras: “Em setembro de 1976 internou-se na Clínica Médica do Hospital Cardoso Fontes uma paciente cujo diagnóstico foi esclarecido pela consultora dermatológica da Clínica, Dra. Ryssia Alvares Florião. Feitas as biópsias nas mamas, abdômen e coxa de A.S.O. (F) – 52 anos, e encaminhadas estas à patologista do Hospital, Dra. Glória de Morais Patello, o diagnóstico foi: esclerodermia, fase final.


A Dra. Ryssia que tinha sido residente em Clínica Dermatológica em Nova York, Estados Unidos, para onde convergiam os pacientes com esclerodermia, disse que “pouco podia fazer pela paciente, pois aquela Clínica era nada mais que um depósito de esclerodérmicos”.


Iniciei o tratamento da paciente no dia 10/09/1976. Com a intenção de provocar o desvio imunológico (as defesas passarem a se concentrar no sangue injetado) e assim aliviar a paciente, apliquei 5 ml de sangue em cada deltóide e 5ml em cada glúteo, de 5 em 5 dias. A paciente já não caminhava há 8 meses e não deglutia sólidos, só líquidos, devido a estenose do esôfago. Um mês depois, no dia 10/10/1976 a paciente saía andando do Hospital, com alta melhorada assinada pela Dra. Ryssia.


A paciente continuou o tratamento com a dose de 10 ml de sangue por semana. Em maio de 1977, sete meses depois, a paciente A.S.O. foi reinternada para avaliação, sendo constatada uma grande melhora em relação ao dia 10/10/1976 quando teve alta no ano anterior.


Surgiu na ocasião um concurso patrocinado pelo Laboratório Roche/Hospital Central da Aeronáutica. Redigimos então um trabalho minuciosamente documentado tanto com exames complementares como também com fotografias em slides da paciente em setembro de 1976 e maio de 1977. Surpreendentemente, o concurso cujo tema era originalidade, não publicou o trabalho”.


Aí começa a desvendar-se o lado sombrio e subterrâneo dos interesses contrariados por esta tradicional prática médica. Afinal, a auto hemoterapia, por estimular o sistema imunológico provou sua eficiência em diversas patologias sem a utilização de medicamentos! Uma seringa e uma agulha ao invés de remédios caros e de uso continuado. Fica evidente que os interesses mercadológicos da poderosa indústria farmacêutica são confrontados por uma prática simples e de comprovada eficiência (zero de infecção hospitalar em 150 casos é uma boa medida, não?).

DISSEMINAÇÃO, RESISTÊNCIAS E INTERESSES


Os diversos casos citados pelo Dr. Luiz Moura em vários artigos e por outros profissionais que passaram a utilizar a auto hemoterapia, como a enfermeira Ida Zaslavsky, em Florianópolis, chamaram a atenção de vários profissionais em todo o Brasil, que também tiveram acesso ao vídeo e passaram a incluir esse procedimento em suas clínicas. Os incontáveis resultados favoráveis com este tratamento coadjuvante (a auto hemoterapia é utilizada de forma complementar) e a conseqüente divulgação boca a boca por parte dos pacientes beneficiados tornou-a rapidamente popular. Afinal trata-se de uma terapia eficaz e barata, com mínimas contra indicações, própria para um país pobre e com um sistema de saúde precário. Em Recife passou a ser utilizada na rede pública, em Postos de Saúde, com bons resultados, segundo o médico que está à frente do projeto e que fez esta declaração ao Fantástico.


A resposta das instituições profissionais da saúde não demorou. Não reconhecendo as evidências, propondo mais estudos ou sua utilização na rede pública, mas surpreendentemente desaconselhando seu uso, como alguns conselhos de medicina e de enfermagem fizeram (a princípio até que estudos mais conclusivos fossem feitos). E, pior, simplesmente proibindo sua prática, como fizeram alguns conselhos estaduais, baseados no argumento de que não se trata de um procedimento científico!


A discussão sobre cientificidade, seus métodos e limitações, é pertinente, mas não cabe no espaço deste artigo, até porque os dados e estudos sobre a auto hemoterapia citados são mais do que abundantes. O que cabe é perguntar por que se proíbe arbitrariamente um procedimento médico tradicional que não utiliza medicamentos, apesar das evidências, de vários estudos e de inumeráveis relatos pessoais positivos?


A auto hemoterapia poderia ser criticada por sua suposta menor eficácia comparada aos medicamentos modernos, ou por ser um procedimento fora de uso (como as ventosas) pela medicina tecnológica atual. Mas sua proibição, extemporânea e irracional, gera a inevitável conjetura: que interesses estão sendo contrariados? Quem está perdendo com a disseminação da auto hemoterapia? Serão aqueles que apregoam e têm lucros fantásticos (boa a lembrança do nome) com a venda de medicamentos?


Com certeza não são os pacientes que se submeteram ao procedimento, pois em todas as matérias publicadas em jornais e as veiculadas pela televisão, não apareceu nenhum cidadão ou cidadã reclamando de sua ineficácia, muito pelo contrário.

COMENTÁRIOS FINAIS


Seria de se esperar que os dirigentes desses conselhos, de medicina e de enfermagem, estudassem minimante o tema antes de se pronunciarem publicamente ou interditarem a utilização de uma técnica tão bem avaliada por seus usuários, tanto por sua eficiência quanto por seu baixíssimo custo (além de evitar todos os efeitos colaterais conhecidos provocados pelo excesso de medicamentos). A resposta ao Fantástico do médico que condenou a sua prática, à pergunta sobre o porquê de tantos depoimentos favoráveis de clientes da auto hemoterapia, “É o efeito placebo”, mostra o despreparo de alguém a quem caberia dar uma resposta científica, tão cobrada por ele na condenação.


Só nos resta constatar que no Brasil do vale tudo, só não valem, verdadeiramente, os interesses da população. Mas é inevitável que, como disse Caetano Veloso, “enquanto os homens exercem os podres poderes”, a população faz seu papel, cuidando da melhor maneira de sua saúde, pois os poderosos nunca o fizeram.


O movimento em prol da hemoterapia está crescendo fortemente entre seus usuários (vide comunidade no orkut), que afirmam que continuarão a utilizá-la, independentemente da decisão “oficial”. Profissionais de saúde estão passando a assinar um necessário termo de responsabilidade (feito por advogados usuários da auto hemoterapia) para continuarem exercendo seu direito de ajudar seus clientes. O movimento cresce.


É provável que este momento fique na história com a mesma marca da “Revolta da vacina”, quando várias “sumidades” e “autoridades” quiseram proibir e incitaram a população a resistir à vacinação contra a febre amarela, no Rio de Janeiro. A determinação de Oswaldo Cruz conseguiu ultrapassar as resistências e as vacinas (consideradas “uma prática perigosíssima” por aqueles), salvaram milhões de pessoas.

 

Inacreditavelmente, cem anos depois estamos novamente frente o mesmo dilema (com outros interesses por trás, é claro). O Brasil é um país sui generis.

Publicado em http://www.jornalbemestar.com.br/mat_capa.php?idCapa=9

publicado por auto-hemoterapia às 17:49

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