< /span> Médico e cientista foi processado pelo Conselho de Medicina de São Paulo porque escreveu trabalho citando eficácia da auto-hemoterapia. Recorreu ao Conselho Federal de Medicina – CFM do Brasil e a sentença final é que “Médico que publica artigo de pesquisa bibliográfica sobre evolução de técnicas usadas ao longo dos anos não comete falta ética”. Nem precisava, pois a Constituição Federal garante o direito e a liberdade de expressão. Mas nesse ambiente arbitrário coisas desse tipo continuam acontecendo. < span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman","serif";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-fareast-language:PT-BR">O silêncio dos médicos alimenta injustiça social. Não era necessário, pois está na Constituição, mas pela decisão do Conselho os médicos ficam à vontade para opinar sobre auto-hemoterapia --- Walter Medeiros – waltermedeiros@supercabo.com.br “Médico que publica artigo de pesquisa bibliográfica sobre evolução de técnicas usadas ao longo dos anos não comete falta ética”. Esta frase não é uma simples opinião; é o enunciado de uma decisão do Conselho Federal de Medicina - CFM, que a proferiu para não enveredar mais ainda pelo caminho tortuoso do arbítrio contra a liberdade do exercício da medicina e de expressão (Para compreender bem o citado arbítrio, o leitor pode consultar o texto Razões para liberar a auto-hemoterapia em http://rnsites.com.br/autohemoterapia-arrazoado.htm& nbsp; ). Por trás desse anunciado existem fatos lamentáveis, decorrentes da falta de transparência e da postura fechada dos órgãos de classe dos médicos. Mas tomamos conhecimento de mais uma decisão que garante a liberdade dos médicos brasileiros para realizar trabalhos e publicações sobre técnicas importantes, como a auto-hemoterapia. A decisão foi lavrada em processo ético julgado pelo CFM. Julgamento O processo começou no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – Cremesp, contra o médico e cientista José de Felippe Junior, pelo fato de ele ter escrito trabalho de pesquisa sobre a evolução dos tratamentos referindo-se à auto-hemoterapia, no qual apresentou 120 referências bibliográficas no ano de 2012. Ele apelou para o CFM e foi absolvido por unanimidade em recurso conhecido e provido. O texto que gerou o processo foi “Infecção focal: Uma das causas esquecidas da verdadeira etiologia das doenças sistêmicas - o valor do FDG-PET no diagnóstico e o valor da autovacina no tratamento”. Escrito pelo Dr. José de Felippe Junior, o trabalho foi publicado em 2008 e pode ser lido intregalmente no endereço http://www.medicinacomplementar.com.br/tema150408a.asp</ a> . &n bsp;   ; Pesquisa O Dr. Filippe apresentou o resultado de sua pesquisa sobre o termo “infecção focal” mas, para desespero daqueles que não conseguem nem pensar na eficácia da auto-hemoterapia, a certa altura transcreveu escrito de E.C. Rosenow de 1958 que ensinava: “O processo de doença somente se estanca com as auto vacinas ou a autohemoterapia ao lado da exclusão do foco”. Mais adiante é mostrado que “Na impossibilidade de se fazer vacinas autógenas, de acordo com os ensinamentos de Rosenow e pela impossibilidade de se encontrar o foco de infecção, os pesquisadores passaram a empregar outro tipo de auto vacina a autohemoterapia. É uma forma de auto-vacina em concentrações bem diluídas dos possíveis derivados e produtos do foco de infecção”. Informa que “Esta prática está proibida pelo Conselho Federal de Medicina no parecer CFM 12/2007”. Diz ainda que “Hoje temos a possibilidade de usar a tomografia FDG-PET e assim temos maior possibilidade de encontrar o foco de infecção escondido e não diagnosticado. Na impossibilidade de encontrarmos o foco nos resta a autohemoterapia, procedimento sem custo e desprovido de efeitos colaterais, exceto leve dolorimento no local da injeção”. Ressalva O pesquisador teve o cuidado de explicar que “É importante salientar que ao tratarmos dos nossos pacientes, sempre precisamos utilizar em primeiro lugar todos os recursos da medicina convencional. Todos têm o direito de usufruir da MEDICINA MODERNA , da medicina que aprendemos na ESCOLA , entretanto, se não estamos obtendo o resultado esperado temos a obrigação como médicos de utilizar estratégias que já foram empregadas no passado e que sabidamente não apresentam efeitos colaterais”. E diz mais: “Ser médico é cuidar do paciente, é ser responsável pelo paciente, é utilizar toda estratégia possível para amenizar o sofrimento do paciente” recordando afirmação dele próprio feita em 1990. &n bsp; Na Conclusão ele defende que “Os dados epidemiológicos e as pesquisas que se seguiram a 1915 mostraram que o grande pesquisador do passado estava com a razão”, convocando: “Vamos ser médicos mais cuidadosos e acrescentar ao nosso raciocínio e à nossa propedêutica a possibilidade da presença de um foco de infecção”, indagando: “Quantas doenças já devem ter passado na frente dos meus olhos e eu não diagnostiquei uma simples e facilmente curável infecção focal ?”. Cita Charcot dizendo que “As enfermidades são muito antigas e nada a respeito delas mudou. Somos nós que mudamos ao aprender a reconhecer nelas o que antes não percebíamos”; e Walter Edgar Maffei, que aconselha: “Médicos : Não sejam camelôs da Indústria Farmacêutica”. Para o autor, “Amordaçar a Ciência é o mesmo que a tirania faz com a Liberdade de um povo”. |