“A maior homenagem que os brasileiros podem prestar ao Dr. Luiz Moura”
--- Walter Medeiros *
O dia 4 de maio lembra o nascimento, em 1925, no Rio de Janeiro, do Dr. Luiz Moura, destacado médico e o maior difusor da auto-hemoterapia. Como muita gente já sabe, auto-hemoterapia é uma técnica que combate e cura doenças com a retirada de sangue da veia e aplicação imediata no músculo. Esta terapia vem salvando vidas há mais de cem anos.
O Brasil e a saúde pública devem muito a este grande homem, que, do alto de mais de 60 anos de exercício da medicina, sempre ancorado no juramento hipocrático, teve a coragem de enfrentar interesses poderosos e escusos, ao divulgar a auto-hemoterapia, retirando do ostracismo essa técnica que foi esquecida por força da ganância dos que enriquecem às custas das nossas doenças.
Dr. Moura começou a aplicar a auto-hemoterapia ainda como estudante de medicina, em 1943, quando entrou para a faculdade de medicina. O seu pai foi professor da mesma faculdade, e mandava retirar e aplicar sangue nos pacientes que operava. Ele fazia isso baseado no trabalho do professor Jesse Teixeira - que foi feito especificamente para evitar infecções pós-operatórias, e que resultou no maior prêmio de trabalho publicado em 1940.
Ele se limitou a usar durante muitos anos a auto-hemoterapia exclusivamente para tratar de infecções, acne juvenil (que é uma infecção de estafilococos) e também evitar infecções pós-cirúrgicas. Nesse tempo era cirurgião, então também usava o mesmo método. A finalidade era basicamente combater bactérias.
A partir de 1976 passou a usar numa amplitude muito maior, graças a um médico, Dr. Floramante Garófalo, um ginecologista, que era assistente do diretor do hospital Cardoso Fontes em Jacarepaguá. O professor Garófalo chegou se queixando de uma dor, uma dormência que sentia na perna quando fazia uma caminhada de 100 a 200 metros. Tinha que sentar na rua, no meio-fio porque não conseguia mais andar. O raios-X que mostrou 10 (dez) centímetros de artéria entupida. A solução era fazer uma prótese. O Dr. Garófalo rejeitou a solução e disse: “quem vai me curar é a auto-hemoterapia”. E pediu que Dr. Moura aplicasse nele. No fim de 4 (quatro) meses sentia-se curado. Novo exame de raios-X mostrou que não havia mais obstrução alguma.
Dr. Garófalo presenteou Dr. Moura com dois trabalhos: um do Dr. Jesse Teixeira e outro do Dr. Ricardo Veronesi. Há um intervalo entre esses dois trabalhos de 36 anos, um é de 1940 e o outro de 1976. Mas a impressão é que um foi feito para o outro, para combinar, um com o outro. Enquanto o trabalho do Dr. Jesse Teixeira se limitava à ação da auto-hemoterapia em evitar infecções pós-operatórias, o do professor Ricardo Veronesi, professor da Universidade de Santos, a imunologia já tinha avançado muito mais e se tinha descoberto que o Sistema Retículo - Endotelial (SRE) tem muitas outras funções além de combater as bactérias.
Mostrou que a auto-hemoterapia é um recurso de enorme valor, com a amplitude que o avanço da imunologia deu. Até porque afirma que antibiótico não mata bactéria, ele só paralisa a reprodução das bactérias. Quem mata a bactéria é nosso Sistema Imunológico, completando o trabalho do antibiótico.
Em 1976, num caso de esclerodermia fase final, no qual a médica disse que não tinha nada a fazer, Dr. Luiz Moura propôs o tratamento com auto-hemoterapia. A médica concordou. A melhora foi uma coisa espantosa. Trinta dias depois a paciente saiu andando do hospital.
Assim seguiu receitando auto-hemoterapia para inúmeras enfermidades.
Assim seguiu receitando auto-hemoterapia para inúmeras enfermidades.
Em 2004 aceitou gravar uma entrevista na qual conta toda sua experiência e diz como funciona a técnica, incluindo as dosagens recomendadas. Com a audiência do DVD da entrevista ganhando grandes proporções, no primeiro semestre de 2007 a ANVISA emitiu Nota Técnica completamente questionável contra o uso da auto-hemoterapia. Em dezembro daquele ano o Conselho Federal de Medicina aprovou Parecer superficial e incompleto afirmando que a técnica não teria comprovação científica. Desde então os médicos ficaram impedidos de trabalhar em órgãos de saúde com a auto-hemoterapia.
Acreditamos que a maior homenagem que os brasileiros podem prestar ao Dr. Luiz Moura, que faleceu em 7 de Junho de 2016, é lutar com todos os meios que tiverem ao seu alcance, para que a auto-hemoterapia seja liberada e volte a ser usada por todos que desejarem. E que o uso da técnica seja, inclusive, institucionalizado, passando a fazer parte da lista de terapias e tratamentos complementares do Sistema Único de Saúde – SUS. Isto porque durante todos esses anos de proibição arbitrária, injusta e ilegal, o que mais se viu foi a publicação de relatos e trabalhos científicos comprovando a eficácia da auto-hemoterapia no tratamento e cura de mais de cem doenças.
* O autor é jornalista.
Publicado em https://www.facebook.com/groups/autohemoterapiatrataecura/permal ink/1277640189021563/
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