Dia 10/09/1976, se interna na clínica, nesse tempo, eu era chefe da clínica médica do Hospital Cardoso Fontes, e tinha uma consultora dermatológica lá Dra. Rícia Álvaro Florião, trabalha aqui pertinho na Praça Sans Penã, pois olha, ela então, ela fez um diagnóstico com três biópsias, é uma senhora que há 8 meses não andava, estava em cima de uma maca, entrevada e chega e é internada no hospital. Bom, aí ela faz o diagnóstico, tira as biopsias, manda para Anatomopatologia do hospital e a Dra. Glória Moraes, chefe do Anatomia Patológico, dá o laudo: esclerodermia fase final. Então a Dra. Rícia resolveu dar uma aula. Nós tínhamos toda segunda-feira uma aula dos casos que não fossem rotineiros, dos casos que saiam da rotina. E esse é um caso bastante raro. Esclerodermia é uma doença auto-imune e que não é freqüente.
Então ela deu uma aula belíssima, eu aprendi muito com ela porque eu não sabia nada sobre a esclerodermia, sabia de ter lido livro, nunca tinha visto paciente esclerodérmico, e eu era chefe dela!
E ela deu a aula lá, quando terminou a aula, quando tava terminando o prognóstico, quando se diz o que pode ser feito pela paciente, a Drª. Rícia mandou a enfermeira levar a paciente. Eu entendi, agora chegou a hora de dizer o que tem que fazer pela paciente. Você mandou tirar a paciente para ela não escutar. Ela disse: é verdade, eu não tenho nada há fazer pela paciente.
Eu digo a Rícia: "Você me entrega essa paciente para eu aplicar uma técnica, que não é corrente e chama-se Auto-hemoterapia. Ela riu e disse assim, ela riu na frente do chefe que era eu e dos outros dois assistentes, que eram meus assistentes, e disse assim:
- "Dr. Moura, eu fui residente médica, o senhor sabe que eu cheguei em maio dos EUA, eu era residente médica, lá, numa clínica para onde convergiam todos os casos de esclerodermia de todos os EUA, e a clínica não era mais nada de um depósito de esclerodérmicos, não tinha mais nada a fazer. Então o senhor acha que pode fazer?"
Eu disse: Olha, eu vou agora em casa pegar os dois trabalhos do Dr. Jésse Teixeira e do Dr. Ricardo Veronesi, eu vou pegar esses dois trabalhos, e você vai ver que a idéia tem fundamento. Fui, levei vinte minutos para trazer os trabalhos. Cheguei lá e li essas partes principais dos dois trabalhos e perguntei: E agora Rícia?
"Ahh, Tem lógica, pode funcionar, vale a pena."
E eu então fiz. Mas eu precisava, como ia fazer uma coisa nova, num hospital, que ninguém nunca tinha feito, eu então peguei a .... fiz uma dose brutal. Eu tirei 20 cc de sangue e apliquei 5 cc em cada em cada braço (deltóide) e 5 em cada nádega, porque eu tinha que produzir um resultado, ou funcionava ou não funcionava, eu tinha que chega a....
A melhora foi uma coisa espantosa. Ela (a paciente) ficou..., os tecidos dela..., porque a pessoa com esclerodermia fica com a pele como se fosse pele de jacaré, dura, a pessoa morre numa situação terrível, porque morre em asfixia, porque não consegue respirar mais. O pulmão não pode expandir, não tem condição de expandir, fica um bloco de madeira, o corpo.
Eu então fiz, e por incrível que pareça 30 dias depois no dia 10/10/1976 essa paciente saiu andando do hospital.
...”.
Transcrito de http://www.rns ites.com.br/auto-hemoterapia-dvd.htm
Transcrição do DVD em espanhol
Transcrição do DVD em inglês
Veja a entrevista do dr. Luiz Moura em https://www.youtube.c om/watch?v=o-FXxoc-dmE